
João Leão figura na relação de políticos envolvidos em inquéritos da Operação Lava Jato que foi divulgada nesta sexta (6) pelo ministro Teori Zavascki, do STF.
"Estou cagando e andando": esta foi a resposta do vice-governador da Bahia, João Felipe de Souza Leão, do PP, sobre seu suposto envolvimento com os escândalos de corrupção na Petrobras.
"Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos. Sou um cara sério, bato no meu peito e não tenho culpa. Segunda-feira vou para Brasília saber porque estou envolvido [...] Recebi recursos da OAS [em 2010] mas quem recebeu recursos legais, na conta legal, tem culpa?", disse o vice-governador em nota repercutida pela Folha de S.Paulo.
O Partido Progressista, ao qual João Leão é filiado, é o grande protagonista da chamada "Lista de Janot". Ao todo, 30 integrantes da legenda tiveram o pedido de investigação aceito pelo STF - o número corresponde a três senadores, dezoito deputados, oito ex-deputados e o vice-governador Leão, como aponta o Estado de S.Paulo.
Leão não foi o único a desqualificar a lista pedida por Janot ao STF. Em seu Twitter, o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desabafou, classificando o trabalho da Procuradoria Geral da República como uma como uma "piada".
Após uma declaração polêmica com relação à sua inclusão na lista de políticos investigados pela Operação Lava jato, o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), pediu desculpas à sociedade, explicando que suas considerações foram proferidas em um momento de indignação.
Antes, Leão havia dito que estava “cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos”, logo após ser citado pelo Supremo Tribunal Federal como um dos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras.
Veja na íntegra o novo posicionamento de João Leão:
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“Gostaria de dar a exata dimensão das minhas palavras, amplamente divulgadas pela imprensa, em reação à inclusão do meu nome na lista dos políticos que podem ser investigados pela Justiça na chamada Operação Lava Jato.
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Foram considerações feitas num momento de profunda indignação e surpresa. Fiquei muito triste porque ao longo de 28 anos de vida política jamais passei por tamanha crueldade.
Peço desculpas à sociedade. Repito: as palavras foram proferidas em um momento de surpresa e indignação por ver-me equivocadamente envolvido.
Não há, da minha parte, nenhuma intenção de ofender o Ministério Público, o Poder Judiciário, ou quaisquer outras instituições essenciais na manutenção do estado democrático de direito, nem pessoas.
Exercerei meu amplo direito de defesa e provarei a minha inocência. Peço a Deus serenidade. Confio na democracia brasileira, e com o apoio da minha família e dos meus amigos contribuirei para que a verdade surja”.
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