Celebração ocorreu na igreja do cemitério do Campo Santo, na Federação.
Cerimônia foi presidida pelo bispo auxiliar Dom Estevam dos Santos Silva.
"É um dia para lembrar de quem a gente ama e que, por algum motivo, se foi antes de nós". É assim que, emocionada, a doméstica Edinalva Santos, de 52 anos, descreve o dia de finados e conta a saudade do filho de 19 anos, que morreu em 2013. Ela foi uma das dezenas de pessoas que acompanharam uma das missas realizadas na tarde desta segunda-feira (2), na igreja do cemitério do Campo Santo, no bairro da Federação, em Salvador.
A celebração teve início por volta das 16h e foi presidida pelo bispo auxiliar Dom Estevam dos Santos Silva Filho. Também foram realizadas misssas durante todo o dia no cemitério de Quintas dos Lázaros, na Baixa de Quintas.
"Quando perdemos um ente querido, ficamos perdidos, sem saber o que fazer. Mas estar aqui [na missa] hoje, de certa forma, nos conforta. Alivia a saudade. A gente se sente mais acolhido", destaca.
A economista Maria Clara Silva, 58, natural da cidade de São Sebastião do Passé, também foi à igreja para lembrar dos cinco familiares enterrados no Campo Santo, entre eles avós, tios e o pai, que ela perdeu quando tinha 19 anos.
"O dia de finados é um dia de meditação, um dia para lembrar de todas essas pessoas que passaram por nossas vidas. Um dia de saudade", destaca, sem também conseguir esconder as lágrimas.
Da tia de 96 anos, que morreu em janeiro desse ano, diz guardar lembranças que levará para o resto da vida. "Foi ela que me ensinou a bordar, uma das coisas que mais gosto de fazer nas horas vagas", destacou.
A aposentada Maria Carmosina, de 80 anos, conta que também costuma ir à igreja para acompanhar a missa de finados todo ano para lembrar dos parentes que se foram. Ela ainda aproveita a oportunidade para ganhar um dinheiro extra com a venda de velas e flores em frente á igreja.
"A gente não pode ficar parado, não é? Como eu sei que é um momento em que as pessoas aproveitam para fazer homenagens aos que já se foram, aproveito para vender essas lembranças que eles compram para deixar em cima dos túmulos", destacou.
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