

O cão é o melhor amigo do homem. O título já é milenar, mas há exceções. O grande número de cães abandonados pelas ruas da cidade – e a ausência de campanhas de vacinação contra raiva – tem preocupado a população ituveravense. Infelizmente, nestas condições, estes animais se tornam uma ameaça real para crianças, adultos e idosos.
Nesta semana, a redação da Tribuna de Ituverava recebeu várias denúncias sobre cães perambulando pelas ruas da cidade. “Não há um horário específico. Tenho medo de ir trabalhar de manhã, ou de voltar de um dia de serviço e encontrar com uma ‘fera’”, diz uma senhora que não quis se identificar, mas que foi vítima de ataque de cão.
Zoonoses
Além de representarem um risco físico, os cães também podem ser um poderoso vetor de zoonoses – doenças transmitidas de animais para o homem. “Entre as zoonoses mais temidas, está a raiva – também conhecida como hidrofobia. Para o homem, a principal forma de transmissão da doença se dá pela mordedura de um animal, que foi infectado, geralmente por morcego, cão e gato”, explicou a veterinária Valéria Fardim, em entrevista à Tribuna de Ituverava.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Município, Ione Márcia Mendonça de Castro, não há previsão para campanhas de vacinação contra raiva no município. “A última ocorreu em 2010. Porém, devido ao lote estragado de vacinas, as imunizações de cães foram suspensas. Há chances de que sejam retomadas neste ano, agora no segundo semestre. Estamos aguardando orientação da Secretaria Estadual de Saúde”, afirmou a enfermeira, que é coordenadora da campanha.
As autoridades precisam se conscientizar dos riscos que os cães abandonados estão causando à população, pois já podem ser considerados problemas de Saúde Pública, e alguma medida deve tomada imediatamente.

O Poder Público poderia formalizar, por exemplo, uma parceria com o curso de Veterinária da Faculdade Dr. Francisco Maeda (Fafram), recolher estes animais, para serem assistidos pelo Hospital-Escola Veterinário. Os cães receberiam cuidados necessários até que alguém decidisse adotá-los. Dessa forma, seria uma forma humana de cuidar dos animais, que deixariam de ser um risco à população.
Quando somos mordidos ou arranhados por animais, devemos:
1°) Lavar o ferimento com água e sabão e usar um desinfetante;
2°) procurar, logo em seguida, um médico ou um hospital;
3°) Localizar o proprietário do animal
4°) não matar o animal, mas observá-lo pelo período de 10 (dez) dias. Se houver alteração em sua saúde, consultar
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