
Pão francês vai sofrer reajuste
Foto: Marcos Cruz / Agência O Dia
O gerente da padaria Seu Zé, no Centro, João Gomes, 29 anos, conta que já havia aumentando o preço do pão no mês passado (de R$ 11,90 para R$ 12,90), e vai reajustar novamente esta semana, ainda sem valor definido. “Por enquanto, estamos conseguindo segurar o preço do pão porque há um estoque guardado. Mas não tem jeito, o trigo que a gente compra é todo importado”, justifica.
A costureira Maria de Lourdes, 56 anos, acha que o pão francês pode perder a preferência entre os brasileiros em razão do preço alto. “O pão é o que sustentava o trabalhador porque era barato. Mas está subindo muito, como todos os outros produtos. Fico assustada sabendo que vai ficar ainda mais caro”, lamenta.
Já, para o presidente da Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip), José Batista de Oliveira, ainda é possível não repassar todo o aumento dos custos. “A alta preços do pão acarreta perda no volume de venda”.
CARNE TAMBÉM PESA MAIS
A carne bovina continua sendo a vilã do orçamento. O alimento registrou um aumento, no Rio, de 11% no último mês, mostrou o IPC-S. “Com o dólar alto, os produtores focam na exportação, o que causa pouca oferta para o mercado interno e, consequentemente, alta dos preços”, reforçou Braz.
Moeda chega a R$ 4,24 e depois recua
Em um dia de forte volatilidade, em que chegou a superar R$ 4,20, o dólar comercial caiu ontem e voltou a ficar abaixo de R$ 4,00. A moeda norte-americana encerrou o pregão de negócios do dia em queda de 3,73%, vendido a R$ 3,99.
Na quarta-feira, tinha encerrado o dia vendido a R$ 4,146. A moeda abriu a sessão de ontem em alta e chegou a atingir R$ 4,248 na máxima do dia, por volta das 10h30. Nas horas seguintes, porém, reverteu a tendência e passou a cair, até fechar abaixo de R$ 4. A divisa acumula alta de 10% em setembro e de 50,1% em 2015.
A cotação passou a cair depois que o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, informou que o banco pode vender dólares das reservas internacionais no mercado à vista, operação que não é feita desde fevereiro de 2009. Apesar da declaração, o BC não começou a se desfazer dos recursos das reservas, atualmente em US$ 370,6 bilhões.
As reservas internacionais funcionam como um instrumento de segurança para o país em caso de crise no mercado de câmbio. (Agência Brasil)
Comentários
Postar um comentário