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A MPB COMEMORA OS 40 ANOS DE CARREIRA DE DJAVAN

... composições como Já não somos dois, Pecado e Bangalô,
 e em sucessos de mais de 40 anos de carreira,
como Flor de lis, Meu bem querer, Lilás e Oceano.

Comemorando 40 anos de carreira, Djavan compila em caixa a sua obra fonográfica completa

Recém-lançada caixa da Sony Music reúne 18 álbuns do cantor e compositor, de 1976 a 2010


RIO — Tudo azul, azulzinho para Djavan. Aos 65 anos, o cantor e compositor está cheio de ideias para discos. Tem saúde, continua magrinho como sempre foi, curte com alegria a infância do filho mais novo, Inácio. E sonha até em ter mais um — o sexto da prole. Pensar no passado, nos seus quase 40 anos de carreira — uma das mais constantes e vitoriosas da MPB — é algo que não passava pela sua cabeça. Pelo menos até ser confrontado com “Djavan — obra completa”, recém-lançada caixa da Sony Music que reúne 18 dos seus álbuns, de 1976 (o de estreia, “A voz, o violão, a música de Djavan”) a 2010 (“Ária”, em que interpreta canções de outros compositores) e dois CDs com raridades. Tudo remasterizado, com letras e fichas técnicas revisadas, impressas num volumoso libreto.
Djavan reouviu cronologicamente os seus álbuns para saber exatamente o que fazer. E trabalhou neles à medida em que as fitas master iam chegando à sua mão — agora estão todas lá, empilhadas, num canto do estúdio que tem em casa (e onde grava seus discos) desde 2001.
— Esse exercício de ouvir os meus discos foi uma coisa inédita. Depois dos ensaios para o show de cada um deles, eu não os escuto mais. O tempo urge, eu já tenho que pensar no futuro. Depois, eu não ganho nada se ficar ouvindo meus discos. Eu tenho é que ouvir os dos outros, para aprender alguma coisa! — impacienta-se o cantor, que ao menos uma impressão guardou da experiência. — Eu faria tudo completamente diferente hoje. Mas na época eu fiz o que era para fazer e foi ótimo.
Entre fitas nos mais diferentes estados de conservação (“Tivemos que fazer um trabalho técnico e tecnológico bastante eficiente para recuperar algumas delas”, conta), Djavan supervisionou a remasterização (processo que dá sonoridade atual aos fonogramas, sem descaracterizar a obra), mas resolveu ir mais longe e recorrer à remixagem para sanar problemas que o incomodavam. Ele mexeu em algumas faixas isoladas, que não foram hits (como “Mundo vasto”, de “Vaidade”, CD de 2004, cujo arranjo ele resolveu cortar pela metade) e um álbum inteiro, “Matizes”, de 2007.
— Saí desse disco insatisfeito com a sonoridade, com problemas de níveis de instrumentos aqui e acolá — alega.


COMEÇO EM NOVELAS
Na viagem pelo passado, muitas lembranças. Cantor que se destacara como crooner na noite carioca e que enveredou pela gravação de canções para trilhas de novelas da TV Globo (como “Alegre menina”, em “Gabriela”), Djavan fez seu primeiro LP para a Som Livre, gravadora da Globo, basicamente com sambas, escolhidos pelo produtor Aloysio de Oliveira (“Flor de lis” e “Fato consumado” foram sucessos). Hoje, ele considera esse início importante por ter conseguido seduzir os músicos que participaram do disco. Músicos, por sinal, da banda de Elis Regina.
— Quem eu conheci primeiro foi o Luizão (Maia, baixista), pouco tempo depois de eu chegar ao Rio de Janeiro. E ele ficou encantado com as coisas que eu mostrava, com aquele violão diferente. E foi ele que trouxe todo mundo. Ensaiamos um show, para mostrar minhas músicas, mas não tenho um registro disso, porque nem uma pessoa sequer foi ver. Nem das famílias da gente!
Na EMI, o músico fez seus três LPs seguintes, “Djavan” (1978), “Alumbramento” (1979) e “Seduzir” (1980), que lhe deram alguns sucessos mais (e não só sambas), como “Meu bem querer” e “Faltando um pedaço”.

— Fui para a EMI sabendo que ia poder desenvolver a carreira de uma forma mais ampla, dar vazão à minha intuitividade e unir as pessoas que eu considerasse importantes. Estava começando a ser gravado, fiz o “Álibi” para a Bethânia — conta Djavan, que, entre um disco e outro, recebeu um telefonema de Roberto Carlos com a encomenda de uma música. — Eu achei que era sacanagem de alguém, mas era ele. Eu fiz “A ilha” e o Roberto não disse nada. Fiquei uma semana rezando de mãos dadas com a minha mulher para que ele gostasse! Ele gostou, disse que ia gravá-la, mas só pediu para mudar uma palavra, o “empestado”, por “espalhado”.

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