Em dia de mobilização, protesto fecha Av. ACM, em Salvador, por quase 4h
Grupo se concentrou em frente ao Shopping da Bahia e bloqueou pistas.
Professores fazem paralisação e escolas estão sem aulas nesta quarta.
Um grupo de manifestantes realizou um protesto que durou quase a manhã inteira, na Avenida ACM, em frente ao Shopping da Bahia, uma das áreas mais movimentadas de Salvador. O ato ocorreu contra a reforma da previdência e contra o governo do presidente Michel Temer. A concentração começou por volta das 7h desta quarta-feira (15) e o bloqueio das pistas foi finalizado às 11h15. Segundo informações dos organizadores, 10 mil pessoas participaram da mobilização. A Polícia Militar informou que não dará estimativas de público.
O ato, que está vinculado a uma série de mobilizações nacionais, fechou por volta das 7h30 de forma integral a Avenida Antônio Carlos Magalhães, sentido Avenida Paralela. A Polícia Militar fez o monitoramento da mobilização.
Em Salvador, nesta quarta-feira, também há paralisação de professores, o que deixa escolas públicas e algumas particulares sem aulas.
Na Avenida ACM, estiveram presentes diversas centrais sindicais, como Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sindicato dos Trabalhadores do Estado da Bahia (APLB), União Geral do Trabalhadores (UGT), Sindicato dos Trabalhadores das Escolas Privadas (Sinpro) e Sindicato do Judiciário (Sinpojud). Estudantes também participaram do protesto.
Com o protesto e o bloqueio total do acesso à Avenida Paralela, o trânsito ficou congestionado ao longo de toda a Avenida ACM, na região do Itaigara, como também na região da Rótula do Abacaxi e Avenida Vasco da Gama.
Em meio ao caos no trânsito, mototaxistas fizeram viagens com clientes seguindo pela contramão, que ficou com o trânsito livre no sentido da Avenida Juracy Magalhães.
Com os ônibus parados, passageiros desceram dos veículos e os rodoviários desligaram os motores dos coletivos porque não havia como transitar pela Avenida ACM, em direção à Avenida Paralela.
Em frente à entrada do Shopping da Bahia, formou-se uma grande área de concentração de ônibus parados e vazios, com várias filas de coletivos na região.
Segundo a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), os motoristas que seguiam pela Avenida Antônio Carlos Magalhães, saindo da região do Hospital Teresa de Lisieux, eram reconduzido por equipes para um desvio na entrada do Hiper Posto. Também houve um desvio de trânsito na Avenida Bonocô para evitar que os motoristas não entrassem na região da Avenida ACM, que estava com as pistas bloqueadas.
Em entrevista ao G1, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Estado da Bahia, Rui Oliveira, afirmou que a denominada "greve nacional dos trabalhadores" teve a adesão de docentes de ao menos 95% das escolas de Salvador. "Em todo estado, são 390 municípios com paralisações", disse.
Segundo o Sindicato dos Professores de Escolas Privadas (Sinpro), 60 unidades de ensino também estão com as atividades paralisadas em todo o estado.
Escolas fechadas
Escolas da rede pública não têm atividades nesta quarta-feira (15), em Salvador. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA), a decisão faz parte do "Dia Nacional de Luta Contra A Reforma da Previdência".
Escolas da rede pública não têm atividades nesta quarta-feira (15), em Salvador. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA), a decisão faz parte do "Dia Nacional de Luta Contra A Reforma da Previdência".
Por volta das 7h desta quarta-feira, o G1 esteve no Colégio Estadual Evaristo da Veiga, no bairro de Ondina, na capital baiana, e encontrou a unidade com os portões fechados.
Além da mobilização desta quarta-feira, conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, os professores iniciam neste dia 15 de março uma greve que vai durar até o dia 24 deste mês. A greve também é contra a reforma na presidência, e pelo cumprimento da Lei do Piso Nacional.
Algumas escolas da rede particular também amanheceram com portões fechados nesta quarta-feira, a exemplo do Colégio Antônio Vieira, no bairro do Garcia, em Salvador.
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